Acima de tudo um cristão

Políticamente correto, quase nunca;
Politicamente incorreto, muitas vezes;
Só não abro mão da sensatez...

sábado, 5 de novembro de 2011

Texto enviado por email ao Sr .
Meus parabéns pelo texto do jornal A Folha deste sábado do Sr. Ten. Ronilson de Souza Luiz...
Um absurdo quererem transformar uma instituição como aquela em um antro de "prostituição".
Falo prostituição pois querem tirar da universidade o seu objetivo primordial de trazer ao país cidadãos aptos intelectualmente e moralmente, para pelo menos corresponder com o investimento do dinheiro público. Isso é uma palhaçada quererem descaracterizar o verdadeiro sentido e motivo de existir de uma universidade.
O atrevimento seria menor se essa contra-opinião fosse pautada apenas por alguns figurões que adoram sentar-se nas últimas cadeiras da sala, mas até professores como o digníssimo que assina logo abaixo do seu texto, a saber Sr Henrique.
Se quer fumar maconha que faça isso no quarto de sua casa, apesar de sentir pena dos pais que vivem debaixo do mesmo teto, mas que os pais ensinem civilidade a esses vagabundos, caso contrário cacetetes de polícia neles...

Enviado via iPad

sábado, 9 de julho de 2011

O ardil de Marta Suplicy

Segue abaixo a nota em que a Senadora Marta Supliçy contradiz o que o senador Magno Malta propõe no seu site, o meu comentário segue logo abaixo em negrito:
"De alguns pontos eu não abro mão", diz Marta Suplicy
Acordo sobre projeto que criminaliza homofobia está próximo


Por Rogério Franco
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) acredita que o acordo em relação ao Projeto de Lei  PLC 122, que criminaliza a homofobia no País está próximo.
Em depoimento, nesta terça-feira (05/07) à TV da Liderança do PT no Senado, Marta afirmou perceber um desejo, por parte dos parlamentares da bancada religiosa, de chegar a um consenso, principalmente pensando em coibir a violência contra homossexuais.
De acordo com a senadora, o objetivo é amarrar um texto, que deverá ter mais de um autor. "O conteúdo será o mesmo, mas queremos agregar mais pessoas à proposta para acelerar a tramitação", explicou Marta Suplicy.
Segundo ela, isto não vai significar mudar os objetivos do projeto. "De alguns pontos eu não abro mão. Não é quem luta há 16 anos pela união estável que agora vai abrir mão de coisas que são fundamentais", afirmou a senadora.
Em nota divulgada nesta terça-feira (05/07), Marta negou que o projeto esteja arquivado e afirmou que as negociações para o combate á homofobia avançam. "Ser relatora do PLC 122 exige paciência, coragem e esforço para que uma luta que é razão de tantos cidadãos e cidadãs não se frustre", disse ela ao acrescentar que "Toda desinformação é um retrocesso à causa por um Brasil que respeite a diversidade".
Veja o depoimento da senadora Marta Suplicy
  Comento:
Quem acompanhou o depoimento da senadora, percebe o comentário a partir de 1min e 34 seg o seguinte:
 “... será um projeto que defenderá os mesmos princípios do 122 só que será acordado com outra teminologia...”
 Está claro o desejo de Marta com relação a aprovação de um projeto que privilegiará uma minoria, e  que além de tudo é inconstitucional, e fere os princípios da grande maioria do povo brasileiro... Inclusive até já havia dito que caso o PL 122 não fosse votado, rapidamente iria apelar para uma série de medidas judiciais junto ao Supremo Tribunal Federal”.
 A sorte está lançada, cabe aos nossos representantes impedir esse ultraje, e assim retribuírem o nosso voto de confiança...
 Na paz que excede todo entendimento...

Quem a Marta está tentando enganar!? ou, Não seja tão inocente Magno Malta!!

Acabei demorando em postar sobre esse assunto logo que veio à tona, prevendo o que aconteceria. No post que vem depois é apenas o cumprimento de minhas suspeitas...
 O senador Magno Malta junto com o senador Walter Pinheiro, deputada federal Benedita da Silva, deputada federal Lauriete Almeida e o deputado Gilmar Machado fizeram papel de bobos.
 Em um almoço no gabinete do senador Magno Malta, a senadora Marta Suplicy sepultou o polêmico projeto de lei PL/122, segundo consta no site do senador:
“O polêmico projeto de lei 122, conhecido erroneamente como lei anti-homofobia, foi sepultado de forma definitiva pela própria relatora, senadora Marta Suplicy (PT/SP) durante almoço no gabinete do senador Magno Malta (PR/ES), presidente da Frente Parlamentar Mista Permanente em Defesa da Família Brasileira. Participaram também da reunião o senador Walter Pinheiro (PT/BA), deputada federal Benedita da Silva (PT/RJ), deputado federal Lauriete Almeida (PSC/ES) e o deputado Gilmar Machado (PT/MG).”
 Mas ele e juntamente a equipe que o acompanhava no almoço, provavelmente por estarem desinformados, facilitaram o caminho para que a senadora que cuida dos oprimidos e sofridos. – não, não estou falando das crianças órfãs , dos moradores de rua, dos pobres que moram em casas de papelão nas favelas, da sociedade brasileira que sofre para bancar o luxo dos governantes desse país, país esse que amamos e que eles tanto odeiam – estou falando dos homossexuais  que precisam saciar seus anseios homoeróticos e ao mesmo tempo serem considerados – não apesar de, mas por causa de – os maiores exemplos de dignidade e moral.
  Apenas alguns dias antes do dito almoço, vejamos o que ficou acordado entre Marta e o líder ABLGT:
“Em proposta minha, e já acordada há algumas semanas, com Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), e os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Demóstenes Torres (DEM-GO), chegamos à conclusão que devido à demonização do PLC 122, ocorrida ao longo da última década, deveríamos apresentar um novo projeto de lei, mantendo as principais diretrizes no combate à homofobia”.
 Pelas duas declarações, é óbvio que uma é falsa. O que se percebe, é a tentativa de fazer a mesma coisa que se fez em 2006. Tentar aprovar o projeto na surdina, colocando uma roupagem mais atraente devido a “demonização do PLC 122”.
 Cabe aos senadores e deputados referidos acima um conselho:

"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas."  (Mateus 10 : 16)

 Fiquemos de olhos abertos, pois não podemos permitir que por causa de uma lei que propõe criminalizar o que já é crime, possa conferir discriminação ao povo de bem...
 Na paz que excede todo entendimento...
Por Rogério Franco

terça-feira, 21 de junho de 2011

NUNCA GANHAREMOS O BRASIL À CRISTO

Um post longo mas vale a pena a leitura

Jornalista Maurício Zagari expõe seus pontos de vista e tese

"Ouço frequentemente uma conclamação feita nos mais variados recônditos do universo evangélico: Vamos ganhar o Brasil para Cristo!!! Bem, lamento informar, mas nós nunca vamos ganhar o Brasil para Cristo. E antes que você, espantadíssimo com minha falta de fé, me acuse de derrotismo ou mesmo de estar a serviço do mal, deixe-me explicar.
Como não acredito na doutrina da confissão positiva (o hábito antibíblico de “decretar a vitória”, “profetizar a bênção” e “tomar posse pela fé” que, se você não sabe, foi incorporado ao cristianismo a partir de práticas de religiões pagãs da Nova Era – mas essa é outra conversa) nao vejo dolo em fazer essa afirmação, que é fruto de uma observação bíblica, histórica e contextual. E justifico minha posição, apresentando aqui as razões pelas quais não creio que o Brasil será ganho para Cristo:
1. Aspectos biblicos:
A Bíblia nunca promete que nações inteiras se converteriam ao Senhor em nossos dias. Ela fala: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mt 24.14) mas em momento algum promete que isso resultaria em conversões em nível nacional. Anunciar o Evangelho é uma coisa. Ele resultar em conversões é algo bem diferente. Pelo contrário. Como já abordei no post Louvados e glorificados sejam os números, a Palavra de Deus é clara ao afirmar que a minoria herdaria o Reino dos Céus:
–> “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram” (Mt 7.13,14).
–> “Alguém lhe perguntou: ‘Senhor, serão poucos os salvos?’. Ele lhes disse: ‘Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: ‘Senhor, abre-nos a porta’. ‘Ele, porém, responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês’. “Então vocês dirão: ‘Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas’. “Mas ele responderá: ‘Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!’.”. (Lucas 13.23-27).
–> “Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino” (Lucas 12.32).
–> “Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” (Mt 22.14).
Ou seja: não há na Bíblia nenhuma promessa ou sugestão de que haverá multidões de salvos entrando em nível nacional pelos portões do Céu. Não: a salvação é para poucos. Repare que na parábola do semeador (Mt 13) a maioria das sementes não frutifica, apenas uma pequena parte delas germina e dá frutos.
Gostaria eu que fosse diferente. E temos sempre que fazer de tudo e empreender todos os nossos esforços para que o máximo de pessoas receba a mensagem da Salvação. Temos que pregar o Evangelho a toda criatura. Mas no que tange à Biblia não posso afirmar o que ela não afirma só porque me faria sentir melhor. A verdade é o que é.
2. Aspectos históricos.
Fala-se muito de avivamento, de pátrias que foram sacudidas pelo poder do Espírito e que se transformaram em nações cristãs de fato, com milhares de conversões e manifestações inefáveis do poder de Deus. Isso é verdade. Moveres sobrenaturais de Deus levaram alguns países, em períodos determinados da História, a buscar coletivamente uma aproximação maior de Cristo e uma vida de santidade. Foi assim no Primeiro e no Segundo Grande Despertamentos dos séculos 18 e 19, por exemplo. Mas minha pergunta é: como estão essas nações hoje?
A verdade nua e crua? Espiritualmente falidas.
Os Estados Unidos, avivados pela pregação de bastiões como Jonathan Edwards e George Whitefield, são hoje um país cristão não-praticante, pérfido, devasso e sem nenhum tônus espiritual, que fez o que fez no Oriente Médio sob a direção de um presidente supostamente evangélico. Um país onde a Igreja tem aceito a ordenação de bispos cuja orientação sexual em outras épocas jamais seria aceita e que inventou a Teologia da Prosperidade. Um país espiritualmemte e moralmente em bancarrota, que exporta para o mundo filmes, programas de TV e músicas abomináveis pela moral bíblica.
Já a Inglaterra, país que na época de John Wesley se viu renovado espiritualmemte, hoje mal se lembra que há um Cristo. No restante da Europa, encontramos países como Espanha e Portugal, com menos de 1% de cristãos reformados. Nos berços da Reforma Protestante, Alemanha e Suíça, a Igreja evangélica tornou-se uma entidade fantasma, com igrejas vazias e nenhuma influência sobre a vida da sociedade.
E isso falando de nações que estão debaixo de nossos olhos. Se voltarmos alguns séculos no passado encontraremos os países do Oriente Médio com quase toda a população cristã. Você talvez não saiba disso, mas até o século VI d.C. regiões que hoje compõem países como Turquia, Irã, Iraque, Marrocos e Arábia Saudita, atualmente considerados não-alcançados pelo Evangelho, tinham suas populações quase que totalmente cristãs. Até que veio o islamismo e tomou esses países,  transformando-os em nações muçulmanas.
O resumo da ópera é que para se “ganhar uma nação para Cristo” é preciso um milagre. Não só um milagre de  conquista, mas um milagre de preservação. Ou seja: reconquista diária. E milagres são a exceção, não a regra.
3. Aspectos contextuais (atuais)
Este é o ponto principal desta reflexão. Para que se pregue o Evangelho a uma pessoa pecadora, mais do que proclamar a Verdade é preciso viver a Verdade. Se eu sou um homem notoriamente devasso, mentiroso, pérfido e sem caráter, de nada adiantará eu chegar para alguém e pregar o Evangelho. Pois ele dirá “ser cristão é isso aí? Tou fora, fala sério!”. E essa mesma realidade se aplica a uma nação. Para que a Igreja de Jesus evangelize uma nação e a “ganhe para Cristo”, ela tem que dar o exemplo. Isso é imperativo. Mais do que pregar a Verdade, tem que viver a Verdade. E é com muita dor no coração que constato que nós não temos feito isso. Não temos sido exemplo. Compartilho alguns sintomas que me mostram que a Igreja brasileira não está capacitada para ganhar a nação para Cristo:
●  A maior parte da Igreja visível no Brasil de hoje é espiritualmemte flácida e complacente com o pecado: o comportamento visível dos cristãos diante da sociedade não tem sido muito diferente do comportamento dos não-cristãos. Em geral, somos agressivos, arrogantes, vingativos, mentirosos e egocêntricos. Fraudamos impostos, passamos cheques sem fundos, não honramos nossa palavra. Nossos seminaristas colam nas provas. Não cedemos lugar no ônibus para o idoso, fingimos que não vemos o mendigo, jamais emprestamos o ombro a um órfão sequer e muito menos a uma viúva. Articulamos dentro das igrejas para conseguir ocupar cargos de destaque. Usamos a sexualidade de modo tão mundano como qualquer personagem da novela das oito. Nossas conversas são torpes, falamos mal dos outros pelas costas, jogamos irmãos contra irmãos, contamos anedotas pesadas e fazemos piada com a manifestação dos dons do Espírito Santo. E por aí vai. Uma Igreja assim não tem a menor moral de pregar o arrependimento de pecados para o mundo: primeiro ela própria tem de se arrepender.
● O modelo de igreja predominante no Brasil não forma cristãos sólidos. Como afirmou este ano em uma de suas palestras na Conferência da Sepal o Bispo Primaz da Igreja Cristã Nova Vida, Walter McAlister, o modelo de igreja-show não forma discípulos de Cristo. Enquanto formos aos cultos apenas para assistir a algo que se passa num palco e não para participar; enquanto não nos submetermos a um discipulado radical; enquanto não resgatarmos o papel de família de fé das nossas igrejas, nunca conseguiremos formar cristãos minimamente capazes de viver e compartilhar com eficiência sua fé com uma pessoa, que dirá com uma nação.
● O evangélico brasileiro não gosta de ler. Lidos sob o poder e a iluminação de Deus, livros são o alicerce da transformação. Mas nossos jovens preferem videogames, televisão, internet e no máximo inutilidades como a série “Crepúsculo” do que livros essenciais para a formação de um caráter cristão. E sem uma mente bem formada nos tornamos incapazes de pensar uma nação. Quanto mais transformá-la. O poder de Deus age, mas age por intermédio de seres humanos – que precisam ter bagagem intelectual para explicar e transmitir. E ainda lemos muito menos do que deveríamos. E a qualidade do que lemos, em geral, deixa muito a desejar.
● Somos analfabetos bíblicos. Uma pesquisa recente feita entre os líderes de jovens de certa denominação mostrou que menos de 30% deles tinham lido a Bíblia toda. Repare: estamos falando de líderes! Aqueles que deveriam ensinar os outros! Se não lemos, não conhecemos, e se não conhecemos… o que vamos pregar? Nossa teologia é formada a partir daquilo que ouvimos em corinhos, assistimos em péssimos programas evangélicos de TV, lemos em frasezinhas soltas no twitter e em adesivos de automóveis. Mas são poucos os que realmente se dedicam ao estudo sistemático e aprofundado das Escrituras. Então vamos ganhar o Brasil pra Cristo, mas… que Cristo? Se não conhecemos o Cristo segundo as Escrituras o apresentam, que Cristo é esse que estamos pregando? Se não entendemos a Palavra por não conhecê-la, que Palavra é essa que estamos pregando? Sem conhecer a Bíblia não temos absolutamente nada a oferecer em termos espirituais à nação.
● Grande parte da Igreja evangélica brasileira é egocêntrica. Ora por si e pelos seus. Pede bens materiais, emprego, carro e casa própria em suas orações. Quer a cura de suas enfermidades. Mas não se dedica muito a interceder pelo próximo, orar pelo arrependimento dos pecados e buscar sanar os males da sociedade. Não ora pelos pobres. Não estende a mão ao faminto. Não olha para o próximo. Não se devota. Não considera o outro superior a si em honra. E ganhar uma nação para Cristo exige olhar, antes de tudo e antes de si mesmo… para a nação.
● A Igreja está hedonista. Quer prazer. Quer alegria. Quer ser feliz da vida. Quer emoção. Que louvores vazios mas emocionantes. Quer cantores carismáticos, mesmo que pouco espirituais. Quer shows e não momentos de intimidade com Deus. Quer se sentir bem. Quer cultos que atendam às suas necessidades. Quer pregações que a faça sorrir. Quer enriquecer e ter uma vida abastada. Só que antes de ganhar uma nação para Cristo temos que chorar muito, nos humilhar, esquecer o que nos faz bem e buscar o que faz bem à nação. E orar. Orar! A Igreja hoje celebra muito, canta muito… mas ora de forma mirrada, esquelética. Só que pouca oração e muita celebração não farão nação alguma se converter. Se ganharmos o país para esse modelo de cristianismo o que faremos é transformar o Brasil numa grande rave gospel, com festa atrás de festa, celebração após celebração e pouca ou quase nenhuma vida íntima com Cristo.
● Grande parte da Igreja tem pregado um evangelho mentiroso.  O que se tem divulgado é um Jesus fictício, complacente, eternamente alegre e exultante, que nos garante “plenitude de alegria, todo dia”. Mas o Cristo de verdade quer que tomemos nossa cruz para segui-lo. Que morramos para nós mesmos. Que deixemos pai e mãe para ir após Ele. Mas a nação não quer fazer nada disso. E para ganhar a nação para Cristo ela tem que saber que terá de abrir mão de muita coisa, de esvaziar-se de suas vontades e desejos e seguir um caminho de renúncia e muitas vezes de sofrimento. Ganhar a nação para Cristo significa propor a ela: tome sua Cruz e siga-me. Arrependa-se de seus pecados, abra mão de seu eu e mude de vida. Honestamente: é isso que temos pregado?
● A Igreja está dividida. A Palavra nos diz que “Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir” (Mc 3.24). Mas deixamos nossas paixões denominacionais suplantarem a unidade. Nós, pentecostais, fazemos piada com os tradicionais. Os tradicionais ridicularizam os pentecostais.  Todos menosprezamos os neopentecostais. Nos tornamos “anti” qualquer coisa que não sejamos nós mesmos. Nas tentativas de unir a Igreja perde-se tempo com discussões inócuas e vaidosas. Esquartejamos o Corpo de Cristo. E ainda assim queremos acrescentar uma nação inteira a esse Corpo? Como? Se não depusermos as hostilidades e buscarmos a unidade – verdadeira e sincera – uma nação ganha para Cristo sob esses moldes de igreja desunida seria um grande frankenstein.
● Nossas motivações são equivocadas. Queremos ganhar o Brasil pra Cristo não por amor às almas perdidas, mas sim para garantir nosso galardão no céu ou para finalmente fazermos parte do clube que representa a maioria e não a minoria. Queremos é estar por cima. Falta-nos, mais do que amor pelo Brasil, amor por cada brasileiro.
● Estamos tentando avançar na sociedade utilizando cargos políticos e legislações. Queremos ganhar o Brasil não para Cristo, mas para projetos de poder mascarados de cristianismo. E isso elegendo políticos supostamente comprometido com o Evangelho, fazendo marchas e protestos, usando de politicagens e chantagens políticas e organizando lobby no Planalto. E nada disso são armas espirituais. Nada disso nunca vai, de modo algum, glorificar o Senhor. Apenas cumprirá uma agenda política e nada mais.

Haveria muitos outros problemas que poderíamos desenvolver aqui, mas não quero me alongar mais. Não quero parecer um profeta do apocalipse, pintando um cenário pessimista. Minha intenção não é essa. Mas me atreveria a perguntar: será que os problemas que apontei acima são fruto da minha imaginação ou você consegue enxergá-los ao seu redor? Alguns poderiam dizer que o que escrevi não é nada edificante, mas… Há algo mais edificante que reconhecer nossos pecados para que possamos refletir sobre eles, arrepender-nos e consertar os erros? Não é isso que significa edificar? Construir? E, se preciso for, reconstruir? Parar de varrer a sujeira para baixo do tapete e acertar as coisas?
Há focos de resistência. Pequenos grupos que buscam viver uma espiritualidade real, profunda, desinteressada. Mas são grupos desconhecidos, pequenas igrejas escondidas, pastores que pregam para poucos e que proclamam o Evangelho como ele é, sem o desejo de agradar mais ao homem que a Deus. Cristãos que se abraçam e se amam de modo entregue e que se devotam à causa de Cristo e ao próximo. Esses são o remanescente fiel. São o último alento. Mas estão longe das câmeras de TV, das grandes gravadoras, dos eventos faraônicos, reunidos em silêncio, buscando a face de Deus sem fazer balbúrdia, sob as sombras do bem-aventurado anonimato. Eles são a semente da minha esperança.
Acredite: eu gostaria de que o Brasil fosse ganho para Cristo. Gostaria imensamente. Gostaria de viver numa pátria onde o Evangelho ditasse o procedimento das pessoas. Gostaria de poder afirmar: “Feliz é a minha nação, pois seu Deus é o Senhor”. Mas o que vejo ao meu redor não me permite fingir que está tudo bem. Não está. A Igreja de Cristo precisa se repensar e se acertar antes de empreender projetos de conquista. E isso urgentemente. Um exército desorganizado, desunido e despreparado não conquistaria nem um vilarejo, quanto mais uma nação.
Precisamos de um milagre. É caso de vida ou morte. E morte eterna. Precisamos nos arrepender dos caminhos pop e egoístas que estamos trilhando. Precisamos voltar a orar com um coração generoso. Precisamos nos humilhar. Precisamos clamar por misericórdia. Precisamos parar de tentar vencer o mundo no peito e na raça e tentar vencer, antes de qualquer outra coisa, nossas próprias concupiscências com o rosto no pó e os joelhos calejados. Essa luta não se vence com gritos, protestos, marchas, lobbies políticos e partidarismos, mas com lágrimas. Até caírem as escamas de nossos olhos e enxergarmos a dimensão espiritual que existe por trás da cortina da matéria continuaremos agindo como o servo de Eliseu, que não via o exército celestial do lado de fora de sua casa e desejava agir segundo os métodos do mundo e não os do Espírito.
Até lá, antes de pensarmos em ganhar o Brasil para Cristo, deveríamos nos preocupar em ganhar a nós mesmos para Ele. E isso diariamente. Pois é mediante a  transformação pessoal, de um a um, alma a alma, no campo do micro, que alcançaremos o macro. Caráter. Espiritualidade. Intimidade com Deus. Estudo aprofundado das Escrituras. Leitura de autores sérios. Menos exultações e mais contrição. Amor ao próximo de fato, comprovado em atos. Sem atitudes como essas, ganhar a nação para Cristo é um sonho distante. E, honestamente, impossível."

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma palavra aos outros fundamentalistas

 Fui duramente criticado, com palavras que só de pensar causaria repulsa ao digníssimo leitor...
 Eu postei no twitter a minha indignação quanto a resposta desproporcionada em relação a queima do alcorão. Deixo aqui antes de qualquer coisa, bem claro. Não faço apologia a queima de nenhum livro sagrado. Apenas me junto a muitos na indignação diante da subvalorização da vida humana em troco da queima de um livro.
 Realmente pensei que tinha visto de tudo. Se querem repreender quem queimou o livro que o faça, agora colocá-los em pé de igualdade com quem tem ceifado vidas em resposta?! E o pior, tem gente que diz que eles são os verdadeiros culpados...
 Penso que tudo é um pesadelo. Mas, ledo engano.
 Se quiser punir quem queimou, que o faça na devida proporção e essa regra deve valer pra todos.
 Então vamos citar alguns: Deveríamos punir a queima de centenas de Bíblias em Orissa, na India em dezembro de 2007. Não só Bíblias mas templos com pessoas dentro;

 Punir Mao Tse Tung por impedir que milhares de Bíblias chegassem a aproximadamente 25 anos atrás em solo chinês, impedindo assim o consolo, advindo delas a um povo debilitado e oprimido, por tanta tirania;                                                                                                    
Devemos prender Fidel Castro, por ter queimado Bíblias apenas pelo fato de estar escrito: Cuba para Cristo e não Cuba para Fidel.                                                                                           

E não poderia deixar um fato emblemático. Em fevereiro de 2001, os Talibãs dinamitaram os Budas de Bamiyan. Duas imensas esculturas, esculpidas direto nas montanhas, do século V d.C., medindo 55 e 38 metros.
 Faltaria espaço para escrever dados demonstrando a desproporcionalidade no tratamento dado a ambos os casos.
 Bom, aqui está a minha explicação o por que de não ser contra a indignação do Pr Terry Jones e da jovem  americana Ann Barnhardt.
 Agora aqui vai a pergunta que não quer calar: quem é o mais intolerante?

Rogério Franco
http://blogrogeriofranco.blogspot.com/

O que é um fundamentalista?

                                                         

 Segue o significado da palavra fundamentalismo segundo alguns dicionários:


Fundamentalismo "é um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípio fundamental (ou vigente na fundação) da religião. Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso que intencionalmente resista a identificação com o grupo religioso maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.


 Esse texto é parte que figura na página do wikipédia. Não têm a melhor explicação mas dá pra deduzir pelo texto que a hostilidade muitas vezes não parte do grupo fundamentalista, mas também de quem é contra esse fundamentalismo.


 Fundamentalismo também significa um retorno ao que alguém ou algum grupo entende por fundamento original.


 No dicionário Priberan da Lingua Portuguesa fala que é “uma atitude de intransigencia ou rigidez na obediencia a determinados principios ou regras”.
                                                         
 Pois bem, partindo do que já escrevi, entende-se o fundamentalista, ser uma pessoa que tem uma fé e a leva a sério. Eu imagino que quem tem fé e não a leva a sério, na verdade não a tem.


 Em segundo lugar, precisamos desmistificar que o fundamentalista é apenas o religioso. Fundamentalista é aquele que é rígido naquilo em que acredita, e se apega a isso com fidelidade.


Agora é necessário separar o joio do trigo, pois o que torna um fundamentalista digamos, ético ou não ético, não é o ser um fundamentalista, mas as idéias que esse fundamentalismo trás consigo.


Dizer que todo fundamentalismo é errado, seria dizer que o fundamento que trás consigo essa premissa, também é errado. O que precisamos é analisar a qualidade deste fundamento.


 Vamos analisar o fundamento que Cristo colocou para que os cristãos seguissem:
 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus; Mateus 5.44

"Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo."  (Mateus 19 : 19)

"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento."  (Mateus 22 : 37)


 "E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo."  (Mateus 22 :37. 39)


 Outra passagem fenomenal é aquele em que vemos no evangelho de Lucas capítulo 10 a partir do versículo 30, onde Jesus deixou claro que o que verdadeiramente seguiu o caminho do mestre, foi que  não tinha ornamento externo religioso, era apenas um samaritano. Mostrando assim que devemos ter um relacionamento com Deus em “espírito e em verdade”.


E não posso deixar de lembrar, a “Carta Áurea” descrita em João 3.16:   Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
 Bom por enquanto é o suficiente para vermos o quanto a humanidade ganhou e tem ganho, com a contribuição do cristianismo para o mundo.


 Sei que na história, não sabemos o por quê, muitos que se consideravam cristãos, ou talvez quisessem aproveitar da popularidade do cristianismo, falharam em comunicar de forma cristalina esses ensinamentos de Cristo. Mas não podemos nos esquecer, que foi justamente em falhar no cumprimento desse fundamento, dando um mal testemunho.


 Poderíamos citar o orgulho, soberba ou quem sabe o endeusamento do próprio homem, onde ele pode fazer qualquer coisa, e poderá ser absolvido visto ser ele mesmo deus, ou um enviado especial, cujas atitudes não sejam respaldadas por atitudes entre as quais aquelas em que descrevi logo acima.


Que Deus possa nos abençoar, e que possamos ter como meta em nossa vida, seguir o fundamento proposto por Jesus, que propiciará um mundo muito, muito melhor...

Rogério Franco
http://blogrogeriofranco.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Rev. Moon - Seitas e Heresias



Há pouco, uma irmã em Cristo me confidenciou que recebeu um convite no twitter para ser amiga do Rev. Moon, como também conhecer suas doutrinas "cristãs". 

Vale a pena ressaltar que até então ela nunca sequer  havia ouvido falar neste nome, e em virtude disto chegou a pensar ser ele um cristão.

Pois é cara pálida, ao contrário do que passa parecer o O Rev. Moon, não é um seguidor de Cristo e nem tampouco acredita ser  Ele o Salvador.

Sun Myung Moon  nasceu na Coréia do Norte, em 1920 e como profeta da mentira ele reivindica ter tido uma visão de Jesus em 1936 na manhã de Páscoa. Nesta visão,  Jesus lhe disse que  ele (moon) deveria "restaurar o reino perfeito de Deus " ou seja, que  seria o que "completaria a salvação dos homens, sendo a segunda vinda de Cristo". Esta primeira visão foi seguida por comunicações com " Moisés, Buda, e outros"

A seita fundada pelo Rev. Moon, em 1954 é chamada de A Igreja da Unificação, ou Associação das Famílias para a Unificação e a Paz Mundial. . A "igreja" de Moon tem como base de doutrina o livro "Princípio Divino", escrito pelo próprio Reverendo, o qual é o líder internacional da seita. Moon sempre esteve presente em manchetes de Jornal pelo mundo afora, sempre devido a escândalos, como por exemplo quando foi preso nos EUA, por sonegação fiscal (a pena terminou em 1985).

O Pastor João Flávio Martinez, pastor do CACP ( Centro Apologético Cristão de Pesquisas)  a respeito das doutrinas desta falsa igreja:

TRINDADE: Young Oon Kim, professor de Teologia Sistemática do Seminário Teológico da Unificação, declarou, que "a teologia da unificação começa com o fato da polaridade como o indício principal para compreender a natureza essencial de Deus. Por isso não é fundamental defender a doutrina da trindade dos credos do quarto século. (Unification Theology, p. 53).

DEUS PAI: "A teologia da unificação declara que Deus tem qualidades masculinas e femininas, baseada no fato da polaridade universal... No século dezenove a crença no Deus Pai-Mãe provocou um grande número de críticas. Quando Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, disse que Deus tinha ambas as qualidades (masculina e feminina), foi muitas vezes chamada de herege."

Tendo dito isto, Kim prossegue citando as semelhanças entre a teologia da Igreja da Unificação no que se refere a Deus Pai, e o conceito de deidade de I Ching, do Confucionismo, do Taoismo e a adoração hinduista a Deusa Mãe. Ele então escreve: "Deste modo, Deus tem de ter uma existência polar. Isto é, Ele tem de possuir uma natureza entre a masculina e a feminina, o que é perfeitamente expressado e completamente harmonizado em Sua natureza. A doutrina da polaridade divina defendida pela Igreja da Unificação deve ser vista não como uma novidade excêntrica, mas sim como a reafirmação de uma convincente teologia racional."

DEUS FILHO: Assim como acontece com todos os grupos não cristãos, a Igreja da Unificação nega a completa deidade de Jesus. No livro Princípio Divino, temos a seguinte explicação: "Da mesma maneira, Jesus, sendo um só corpo com Deus, pode ser chamado de segundo Deus (imagem de Deus), mas de modo algum pode ser o próprio Deus." (p. 151). Eles afirmam que o propósito real da vinda de Jesus era de estabelecer o reino de Deus. Assim, Jesus deveria casar-se com uma mulher perfeita e tendo com esta um filho perfeito. No entanto, Jesus foi crucificado antes de concluir isto. Assim, ele só é capaz de prover uma salvação parcial. A salvação completa foi deixada para o próximo Adão, ou Senhor do Segundo Advento.

Estas idéias são explicadas nos seguintes termos:

Jesus não pôde realizar a finalidade da providência da salvação física porque seu corpo foi invadido por Satanás. Contudo, ele conseguiu estabelecer a base para a salvação espiritual formando um fundamento triunfante para a ressurreição através da redenção pelo sangue na cruz. Por isto, todos os santos, desde a ressurreição de Jesus até o dia de hoje, só desfrutaram do benefício da providência da salvação espiritual. A salvação através da redenção pela cruz só é espiritual. Até mesmo em devotos homens de fé ainda resta na carne o pecado original, que é continuamente transmitido de geração a geração. Por isto, quanto mais devoto se torne um santo em sua fé, tanto mais severa se torna sua luta contra o pecado. Assim, Cristo deve vir novamente à Terra para realizar a finalidade da providência da salvação tanto física quanto espiritual, pela redenção do pecado original, que não foi liquidado nem mesmo pela cruz." (p. 107)

O ESPÍRITO SANTO: De acordo com Kim, "na Igreja da Unificação o ponto principal é que o Espírito Santo não é uma entidade separada, ou uma existência separada de Deus Pai. O Espírito Santo simplesmente refere-se à atividade redentiva de Deus". Além disso, afirmam que o Espírito Santo "...é citado como feminino, masculino e impessoal. ...Assim como Deus, o Espírito Santo é invisível e incorporal - uma luz brilhante ou um campo magnético de energia." (Unification Theology, pp. 201-202)

Caro leitor, diante do exposto chegamos a conclusão que o Rev. Moon é mais um dos falsos profetas que em nome de Cristo tem enganado a muitos.
Que Deus tenha misericórdia do seu povo e nos guarde de tropeçar.

NEle que é a verdade absoluta,

Renato Vargens

http://renatovargens.blogspot.com/